Em 1903, após firmar o acordo de construção da Estrada de Ferro
Madeira-Mamoré,
pagar 2 milhões de libras esterlinas e entregar algumas
terras no Mato Grosso ao governo da Bolívia, o Brasil anexou
definitivamente o território do Acre (que seria alçado à condição de
estado em 1962), então praticamente dominado por seringalistas
brasileiros. Havia pelo menos 100 anos eles dominavam o mercado da
borracha por lá. Eram paulistas, sulistas e nordestinos, que, junto da
população indígena, formaram uma população com identidade cultural
própria. Exemplo disso são as peculiares misturas de sabores da
culinária local, com influências até das cozinhas síria e libanesa,
representadas em pratos como quibe de macaxeira e arroz (para o café da
manhã) e carne de sol com pirarucu. Rio Branco, capital desde 1920,
concentra quase 50% da população do estado, que hoje soma 733.559
habitantes. Ela fica bem na tríplice fronteira com a Bolívia e o Peru,
às margens do Rio Acre, lugar de calor intenso e chuvas fortes durante
todo o ano.
Nas redondezas, há belas praias fluviais de areia branca. A
segunda cidade mais populosa é Cruzeiro do Sul, considerada o principal
destino turístico do estado, por preservar construções históricas do
ciclo da borracha e, principalmente, por ser vizinha ao Parque Nacional
Serra do Divisor, criado em 1989. Ainda há pouca infra-estrutura
hoteleira na região, mas o Acre, por suas dezenas de rios amazônicos, é
bastante procurado por praticantes de pesca esportiva.
http://viajeaqui.abril.com.br/estados/br-acre
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