Na esperança de saber mais sobre a maneira pela qual a inatividade afeta o risco de contrair doenças, 



pesquisadores da Universidade do Missouri, nos Estados Unidos, persuadiram recentemente um grupo de jovens adultos saudáveis e ativos a pararem de se mexer tanto.
Os cientistas já sabem há algum tempo que pessoas sedentárias correm maior risco de desenvolver doenças cardíacas e diabetes do tipo 2. Mas eles ainda não compreenderam totalmente a razão para isso, em parte porque estudar os efeitos do comportamento sedentário não é fácil. As pessoas inativas podem ser também obesas, ter uma alimentação pobre ou enfrentar outras questões metabólicas e de estilo de vida que tornam impossível deslindar o papel específico da inatividade nos problemas de saúde.
Para enfrentar esse problema, os pesquisadores adotaram recentemente uma nova abordagem no estudo dos efeitos da inatividade. Eles impuseram essa condição a pessoas que, de outro modo, estariam lá fora se exercitando e se movendo alegremente, em alguns casos sentenciando-os a ficarem na cama.
Mas no estudo em questão, publicado no mês passado na revista Medicine & Science, na seção sobre esportes e exercício, os cientistas criaram uma versão mais realista da inatividade, fazendo com que seus voluntários reduzissem o número de passos que dão a cada dia ao menos pela metade.
Eles queriam determinar se esse torpor físico afetaria a habilidade do corpo de controlar os níveis de açúcar no sangue.
"Está cada vez mais claro que os picos de açúcar no sangue, especialmente após uma refeição, fazem mal", diz John P. Thyfault, professor associado de nutrição e fisiologia do exercício na Universidade do Missouri, que conduziu o estudo junto a Catherine R. Mikus, uma pós-graduanda, e outros cientistas. "Os picos e variações no nível de açúcar após as refeições têm sido ligados ao desenvolvimento de doenças cardíacas e diabetes do tipo 2."
Assim, os cientistas colocaram nos voluntários equipamentos sofisticados de monitoramento da glicose, que checavam seus níveis de glicose continuamente durante o dia. Eles também deram aos sujeitos de pesquisa pedômetros e braceletes medidores da atividade para registrar quantos passos davam. Pediram também aos voluntários que fizessem diários detalhados de sua alimentação.

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