Içar âncoras
De volta à M4, siga 32 quilômetros para o norte para chegar ao vilarejo de Kalk Bay,


 perto de um dos primeiros ancoradouros da Companhia Holandesa das Índias Orientais. Dê uma olhada nas lojas ao longo da Main Road: antiguidades na Railway House, porcelana na Forge e acessórios para a casa e talheres feitos à mão na Artvark.
Para admirar o mar, pegue uma mesa perto de um dos janelões do Harbour House. Dali é possível ver as baleias-jubarte, as baleias-francas-austrais e o pesqueiro do restaurante trazendo a cota do dia. Um pouco adiante, Kalk Bay Reef, com suas ondas gigantescas e recifes rasos que atraem surfistas do mundo inteiro.
Bem perto do calçadão da praia fica a Chartfield Guesthouse, no melhor estilo clássico holandês, com suas paredes caiadas e pisos de madeira restaurados. Ao lado da mansão, concluída em 1898, o Majestic Spa usa produtos aromáticos feitos a partir de plantas indígenas.
Tudo sobre vinhos
Siga pela Baden Powell Drive em direção às vinícolas de Stellenbosch (à direita fica a Reserva Natural Kogelberg). Depois de 40 quilômetros, pegue a N2 até a R44. Ao longo do caminho você vai passar pelo 96 Winery Road, um restaurante que vale a pena conferir na volta, onde os vinicultores locais se reúnem para contar histórias e se deliciar com a torta tatin de cogumelos selvagens com creme de trufas. Por enquanto, pare no Mooiberge Farm Stall para provar o biltong (carne curada). Na feira Stellenbosch (só aos sábados), aqueles que curtem um piquenique podem se abastecer com melktert (torta de leite) e plasshoender (frango assado).
Ainda na R44, em direção do centro de Stellenbosch, você vai passar pelas mansões tradicionais de Cape Dutch (com cumeeiras enfeitadas e telhados de sapê) a caminho dos jardins botânicos da Universidade de Stellenbosch. Foi ali que, em 1925, um professor de Horticultura fez um enxerto de Pinot Noir e Hermitage para gerar a Pinotage, uva típica sul-africana.
Alguns quilômetros mais e você chega ao Morgenhof Estate, com 319 anos de idade, mansão que tem cinco quartos e oferece degustações de vinhos, lugar excelente para passar a noite.
Conexão França
Seguindo pela Helshoogte Road você chega a Franschhoek ("Cantinho francês", em holandês), um vilarejo fundado pelos huguenotes refugiados por volta de 1680. Ali, os varietais no melhor estilo Bordeaux e um cenário artístico movimentado preservam o sotaque francês. Pouco antes de entrar na cidadezinha, pare no La Motte Estate para provar seu Shiraz e Sauvignon Blanc e fazer uma bela caminhada pelas colinas _ ou visitar o museu e admirar as paisagens coloridas da região do Highveld retratadas por Jacob H. Pierneef. Perto dali fica a Graham Beck Wines, que defende a prática agrícola conservacionista. Em homenagem à iniciativa, brinde com um Brut NV, o mesmo que foi consumido na posse de Nelson Mandela, em 1994.
De volta a Franschhoek, a Tsonga é uma loja que oferece sapatos e bolsas de couro feitas pelas mulheres da tribo Zulu, nas colinas Drakensberg. Ainda na Main Street, no Cafe des Arts acontecem sessões de jazz. No Screening Room do luxuoso hotel Le Quartier Français, os cinéfilos de plantão podem afundar nas poltronas confortáveis para assistir aos lançamentos e filmes noir.
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