foi a elevação de quem ganha até meio salário mínimo por mês
O Brasil poderá eliminar a pobreza em 20
anos, segundo dados da (Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar)
analisados pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada). De
acordo com o técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, Sergei Soares, o
Brasil vem reduzindo a desigualdade de renda desde 2001 e também o
número de pessoas na linha de pobreza.
“Matematicamente falta
pouco, mas isso não quer dizer que uma política pública para a
eliminação da pobreza seja tão fácil assim. Temos muito espaço para
melhorar, mas desigualdade zero é algo utópico”, afirmou.
Segundo
a análise feita pelo Ipea, desde 2003, a população abaixo da linha de
pobreza está em forte queda. Tendo como base as pessoas que ganham meio
salário mínimo (o equivalente a R$ 232, em 2009), a pobreza caiu 64%,
quando comparada a de 1995.
Índices
A
pesquisa mostra ainda que a desigualdade de renda caiu, entre 2001 e
2008, em média 0,7 ponto de Gini (medida que varia de zero a um usada
como referência para medir desigualdade de renda). Entre 2008 e 2009
houve uma desaceleração nessa queda, que foi de 0,54 ponto de Gini,
causada pela crise financeira mundial.
“Não foram grandes os
efeitos da crise. Ela não chegou a aumentar a desigualdade de renda, o
ritmo de queda foi que caiu um pouco. Ela caiu menos do que estava
caindo. Os efeitos foram pequenos e temporários. Acredito que já devem
ter passado no mercado de trabalho agora”, disse Soares.
O estudo
também mostra que os 5% mais ricos da população brasileira tiveram uma
queda na renda, entre 2001 e 2005, de 1%. A parcela da população que
representa os 5% mais pobres teve um crescimento de 64% na renda. No
período que vai de 2005 a 2009, os 5% mais ricos tiveram queda de 2% na
renda e a parte da população que representa os 5% mais pobres teve um
crescimento da renda de 20%.
A pesquisa ainda revela que a metade
mais rica teve um crescimento da renda entre 2005 e 2009 entre 13% e
30%, mas foi menor do que o crescimento registrado na metade mais pobre,
cuja renda sofreu um incremento entre 31% e 35%. De acordo com o
estudo, os dados caracterizam redistribuição de renda.
http://www.band.com.br/noticias/economia/noticia/?id=100000354506
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