Físicos americanos confirmam medições do LHC e mostram otimismo na procura pela "partícula de Deus"
Físicos dos Estados Unidos informaram nesta
quarta-feira que suas experiências confirmam as do LHC (Grande Colisor
de Hádrons), cujas medições reduziram o espectro onde o bóson de Higgs,
misteriosa peça que falta no quebra-cabeças das partículas elementares,
poderia estar escondido.
Os resultados provêm do colisor
americano Tevatron, que, mesmo tendo sido fechado em setembro, continua
sendo estudado pelos físicos, que analisam os dados na busca da chamada
"partícula de Deus".
O bóson de Higgs é o elo perdido no Modelo
Padrão da Física e acredita-se que ele dê massa aos objetos, embora os
cientistas nunca tenham sido capazes de identificá-lo e exista apenas em
teoria.
"O final do jogo se aproxima na busca do bóson de
Higgs", disse Jim Siegrist, diretor-adjunto de ciências do Departamento
de Energia.
"Este é um marco importante para os experimentos do
Tevatron e demostra a contínua importância das medições independentes na
busca pela compreensão dos elementos básicos da natureza", acrescentou.
Descobertas
Os
físicos do CDF e do DZero, as duas equipes de pesquisa do laboratório
Fermilab, situado em Batavia, Illinois, disseram em um comunicado que
seus dados "poderiam ser interpretados como provenientes de um bóson de
Higgs com massa na faixa dos 115 a 135 GeV (gigaelectronvolts)".
Esta
faixa inclui os limites anunciados em dezembro de 2011 pelos cientistas
no LHC, construído nos Alpes, na fronteira franco-suíça, pelo CERN
(Centro Europeu de Pesquisa Nuclear).
Os experimentos do CERN,
realizados por um consórcio de 20 países membros, demonstraram uma
escala provável do bóson de Higgs entre os 115 e os 127 GeV.
O GeV é a medida padrão para a massa das partículas subatômicas. Um GeV é aproximadamente equivalente à massa de um próton.
Falta de provas
No
entanto, nenhum dos indícios até o momento foi suficiente para que os
físicos anunciassem a descoberta da partícula ou para afirmar que há
provas suficientes para que os físicos anunciassem a descoberta da
partícula ou para afirmar que há provas suficientes para assegurar com
certeza a sua existência.
O diretor do Fermilab, Pier Oddone,
mostrou-se "entusiasmado pelo progresso na busca do bóson de Higgs",
destacando que cientistas de todo o mundo rastrearam por centenas de
bilhões de colisões do tipo protón-antiprotón.
"Ainda resta muito
trabalho pela frente antes que a comunidade científica possa dizer com
certeza que o bóson de Higgs existe", acrescentou Dmitri Denisov,
co-portavoz do DZero e físico no Fermilab.
"Baseado nestas pistas
emocionantes, estamos trabalhando o mais rápido possível para melhorar
ainda mais nossos métodos de análise e expremer até a última gota dos
dados do Tevatron", continuou.
http://www.band.com.br/noticias/ciencia/noticia/?id=100000490015
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