Manish Arora, da casa Paco Rabanne, cobriu elas de ouro e metais
O diretor artístico da Chanel, o alemão
Karl Lagerfeld, vestiu a mulher com cristais; Manish Arora, da casa Paco
Rabanne, cobriu-a de ouro e metais enquanto Valentino a transformou em
princesa, nos desfiles do penúltimo dia da Semana da Moda de Paris.
Já
no primeiro modelo apresentado pela casa Chanel - um casaco azul-noite
sobre uma pantalona justa e botas de saltos altos decoradas com cristais
-, Lagerfeld transmitiu mensagem de luxo e fantasia, que contrastou com
o minimalismo e as cores sombrias vistas em boa parte dos desfiles
parisienses.
No evento, realizado na cúpula majestosa do Grand
Palais parisiense, o estilista alemão mergulhou num mundo de quartzo,
cristal e mineral.
Sua coleção mesclou tailleurs em tweeds com
saias de seda transparente sobre leggings brilhantes, malhas de cor
caramelo com jérseis longos tipo vestido e pantalonas alinhavadas com
fios metálicos.
Como Coco Chanel, a fundadora da casa, Lagerfeld
inspirou-se no vestuário masculino, reinventando o "três peças" da casa:
um vestido curto sobre pantalona e jaqueta também de pouco comprimento,
em tons azul-profundo adornados com cristais, que se perfilam como a
aposta de Chanel para o próximo inverno.
Para aguentar o frio, o
alemão propôs peles sintéticas e conjuntos bordados de plumas, "porque a
pluma - disse - é a mais suave".
A coleção Paco Rabanne para o
outono/inverno 2012, desenhada pelo indiano Manish Arora, contou com
saias e vestidos em metal, inspirados em modelos criados pelo estilista
espanhol fundador da casa, mas elaborados com novas técnicas e novos
materiais.
Uma das peças - um tailleur em malha
metálica - recriou o famoso vestido desenhado por Rabanne para a cantora
francesa Françoise Hardy, cuja imagem inspirou a coleção, comentou
Arora, destacando seu eterno fascínio pelo ouro, mas também pela
arquitetura das peças.
A casa italiana Valentino apresentou nesta
terça-feira uma coleção sutil, feminina e moderna, na qual dominou o
couro preto, mas que também contou com vestidos delicados, longos, de
renda.
E a firma Alexander MacQueen, representada pela estilista
britânica Sarah Burton - criadora do vestido de noiva da princesa Kate,
da Inglaterra -, jogou com peles e plumas de avestruz, em abrigos, saias
curtas, vestidos de baile e até nas botas.
O desfile foi marcado
por contrastes, combinando algumas peças com grandes cintos de metal e
acentuados decotes. A passarela abriu com o branco, uma cor muito vista
nos demais desfiles parisienses. Seguiu-se, depois, o negro, outra cor
dominante, passando pelo rosa pálido e o vermelho fogo.
Por sua vez, o estilista francês
Jean-Charles de Castelbajac propôs, com seu humor característico e
espírito inventivo, uma coleção alegre e colorida, inspirada numa
"heroína de inverno, sombria e, ao mesmo tempo, cheia de esperança".
Intitulada
"Fire on ice" (Fogo sobre gelo), o desfile de Castelbajac, realizado
numa igreja protestante do centro de Paris, levou o público "ao Grande
Norte, à Islândia mineral, vulcânica, onde voa a águia negra".
Castelbajac
ofereceu grandes jaquetas acolchadas, de cor vermelha, 'trenchs'
estampados em preto e amarelo vivo, com águias impressas, e vestidos
bordados com penas de corvo.
Apresentou, também, ponchos de lã e
um smoking de uma só peça, em viscose preta, muito decotado, assim como
vestidos com desenhos geométricos e capas amplas e longas.
Os desfiles parisienses serão encerrados nesta quarta-feira, com Louis Vuitton.
http://www.band.com.br/viva-bem/moda/noticia/?id=100000489845
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