Copa 2014: Apenas 2% dos recursos para mobilidade viraram obras
Levantamento do site "Contas Abertas" mostra que apenas 18 de 50 projetos mostram avanços
A 28 meses do pontapé inicial da Copa de 2014, apenas 2,14% dos investimentos em mobilidade urbana saíram do papel.
Isso
significa que, dos 50 projetos listados na Matriz de Responsabilidades
para o Mundial, somente 18 obras tiveram algum avanço até o final de
janeiro.
O levantamento foi divulgado na última segunda-feira
(14) pelo site “Contas Abertas”, que pesquisou o sistema de dados sobre a
Copa mantido pela Controladoria-Geral da União (CGU).
No total, estão previstos investimentos de R$ 12,36 bilhões em sistemas de transporte como Bus Rapid Transit (BRT), Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) e monotrilhos nas 12 sedes que receberão o campeonato mundial.
No
entanto, apenas R$ 265 milhões deste montante se transformaram
efetivamente em obras. Índice alarmante, já que ao menos 26 projetos em
metade das sedes devem estar prontos antes de junho de 2013, mês em que
começa o primeiro teste para o Mundial, a Copa das Confederações.
Quando
se trata do percentual de financiamento contratado junto a Caixa
Econômica Federal (CEF) ou BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social), o índice chega a 20% do total, ou R$ 2,43 bilhões.
Atraso
De
acordo com o “Contas Abertas”, Brasília, Fortaleza, Mato Grosso,
Salvador e São Paulo são as cidades mais atrasadas. Nelas, governos
estaduais e municipais ainda não conseguiram a liberação de um centavo
sequer para as obras de mobilidade.
O Rio de Janeiro dá o exemplo
contrário. O governo fluminense contratou R$ 1,58 bilhão em
financiamentos para a construção do BRT Trascarioca, que ligará o
Aeroporto do Galeão à Barra da Tijuca. No total, o projeto está orçado
em R$ 1,88 bilhão, sendo que R$ 128 milhões foram executados.
O
pacote com 50 projetos de transporte para a Copa foi batizado de PAC da
Mobilidade Urbana pelo governo federal. Em janeiro de 2010, foi assinado
um documento chamado de Matriz de Responsabilidades, um compromisso que
dividia as competências da União, estados e municípios da Copa em
relação a obras de transporte e estádios.
O PAC conta com
recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), com juros e
prazo de amortização inferiores aos do mercado. O dinheiro é repassado
pela CEF, que analisa e aprova os projetos básicos.
http://www.portal2014.org.br/noticias/9104/COPA+2014+APENAS+2+DOS+RECURSOS+PARA+MOBILIDADE+VIRARAM+OBRAS.html
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