Formação de novo astronauta viria por meio de cursos nacionais de engenharia aeroespacial
O astronauta brasileiro Marcos Pontes, que voo para o espaço sideral a
bordo da nave Soyuz em março de 2006, espera que a próxima pessoa com
cidadania brasileira a viajar para o espaço seja um de seus alunos.
A
afirmação foi feita durante palestra realizada nesta terça-feira (7),
no palco de Astronomia e Espaço da Campus Party 2012. Na ocasião, Pontes
revelou que entre seus principais objetivos está a criação de cursos de
engenharia aeroespacial para preparar futuros astronautas profissionais
brasileiros.
“Nos próximos cinco anos, teremos pelo menos
quatro cursos públicos de engenharia aeroespacial operando no País. A
formação do segundo brasileiro com experiência de voo orbital vira
desses cursos e espero que essa pessoa seja um de meus alunos”, disse o
primeiro e único astronauta brasileiro.
Pontes, no entanto,
não descarta a possibilidade dele mesmo voltar a ser escalado para ir
ao espaço. “Quem sabe, a possibilidade não é nula. Mas devido às
prioridades atuais do nosso programa espacial, é improvável que eu seja
chamado para um segundo voo nos próximos cinco anos”, disse.
FIM DOS ÔNIBUS ESPACIAISDurante
seu discurso, Pontes explicou as causas que levaram a Nasa a suspender o
programa do ônibus espacial e porquê esse novo direcionamento pode
trazer novas oportunidades para os profissionais da área.
Segundo
ele, o principal motivo para o cancelamento foi o acidente da Columbia,
em 2003, que se desintegrou quando retornava à Terra, matando seus sete
tripulantes.
A Nasa concluiu que o projeto era caro demais
para não conseguir manter os riscos sob controle e decidiu que
finalizaria o programa após a conclusão da Estação Espacial
Internacional em 2011.
Dentro da nova diretriz da NASA, há
sinais de que parte do orçamento que seria destinado ao programa
espacial está sendo usado para incentivar o desenvolvimento de
espaçonaves privadas construídas por empresas americanas.
Segundo
Pontes, um bom efeito dos voos privados é que, assim como ocorreu na
aviação comercial, em que é necessário ter profissionais como pilotos e
comissários para levar passageiros, também será preciso criar posições
de trabalho para engenheiros, mecânicos, técnicos e astronautas
profissionais.
http://tecnologia.br.msn.com/noticias/marcos-pontes-quer-treinar-o-segundo-astronauta-brasileiro
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