Dilma e Lugo atuarão conjuntamente para tentar um entendimento que tranquilize os brasiguaios
Os governos da presidenta Dilma Rousseff e o
de Fernando Lugo atuarão conjuntamente para tentar um entendimento que
“tranquilize os brasiguaios [brasileiros que residem no Paraguai em
áreas de fronteira] e os paraguaios que queiram ter espaço para plantar,
sem que o direito adquirido seja ameaçado”. A informação foi dada nesta
quinta-feira pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores do
Senado, Fernando Collor.
Ele apresentou aos senadores da comissão
um balanço sobre a situação dests brasileiros ou brasileiros
naturalizados paraguaios que vivem em estado de situação crescente com a
população local, especialmente com integrantes do movimento Liga
Nacional de Carperos (trabalhadores sem terra). Collor comunicou aos
senadores que a comissão constituirá um grupo parlamentar que irá ao
Paraguai para verificar a situação dos brasiguaios.
O senador
citou dados do Ministério das Relações Exteriores segundo os quais,
desde a década de 1970, vivem na região do conflito entre 80 mil e 150
mil brasiguaios. Collor disse que as terras em questão, situadas no
leste do Paraguai, estão entre as mais valorizadas do país, por causa do
solo fértil e do modo como foram preparadas para o cultivo pelos
produtores brasileiros para realizar o cultivo.
“Os brasiguaios
contribuem com parcela considerável da produção de soja no Paraguai, o
que levou aquele país à condição de quarto maior produtor de soja do
mundo em 2010”, ressaltou o senador.
Para ele, o governo Lugo tem
adotado medidas “paliativas” no tratamento da questão dos brasiguaios,
apesar de ter comunicado aos carperos que não tolerará nenhuma invasão.
“O governo paraguaio tem tratado o caso dos sem-terra com medidas
paliativas que não foram suficientes até agora para resolver a questão”,
disse Collor.
De acordo com o senador, o envio de “alguns
policiais” para a área de conflito e a designação de uma comissão para
tratar do problema mostram que o governo de Lugo “acompanha o assunto
relativamente a distância”. Segundo Collor, é possível que o fato de o
Paraguai estar em um ano pré-eleitoral “esteja influenciando o
comportamento das autoridades”.
http://www.band.com.br/noticias/brasil/noticia/?id=100000486297
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