Reunião entre instituto e pesquisadores discutirá as perdas sofridas na Estação Comandante Ferraz, destruída por um incêndio
A coordenadora do Instituto Nacional de
Ciência e Tecnologia Antártico de Pesquisas Ambientais (INCT-APA), Yocie
Yoneshigue Valentin, vai se reunir com os pesquisadores que
desenvolviam trabalhos de campo na Antártida “o mais rápido possível”,
para avaliar as perdas sofridas na Estação Comandante Ferraz, destruída
por incêndio no último sábado, naquele continente. Ela acredita que a
reunião deverá ocorrer no fim da semana que vem.
“Não pode ser no
calor do momento. Senão, a gente não vai conseguir nada”, disse Yocie
Valentin. Ela esclareceu que os pesquisadores estão muito abalados com o
incêndio, que deixou dois militares mortos e comprometeu os trabalhos
de pesquisa que estavam sendo feitos no continente. Cerca de 15
pesquisadores do INCT-APA trabalhavam na Estação Comandante Ferraz.
Segundo
a coordenadora do instituto, todos os equipamentos científicos que
estavam na estação foram perdidos. A esperança, externou, é que os
pesquisadores tenham feito uma cópia do material produzido lá nos
próprios computadores pessoais. “Vamos ver se sobrou alguma coisa”.
Operação
A
equipe do instituto vinha coletando material sobre as comunidades
terrestres e marinhas da Antártida, na última fase da Operação 30,
iniciada em 2011 e que se estenderia até 24 de março.
Cada ano
de pesquisas recebe um número. Isso quer dizer que o INCT-APA está
atuando na Antártida há 30 anos. Nem todos os trabalhos, entretanto,
foram feitos na Estação Comandante Ferraz, que acabou de completar 28
anos no último dia 6. As pesquisas iniciais do instituto foram feitas no
navio oceanográfico Professor W. Besnard, do Instituto Oceanográfico da
USP (Universidade de São Paulo).
Yocie Valentin explicou que as
pesquisas que vinham sendo feitas na recente fase da Operação 30 tinham
por objetivo conhecer melhor a diversidade dos organismos na Antártida.
“A
gente está nessa fase da exploração. Saber o que tem e se o aumento da
temperatura que está ocorrendo atualmente na Antártida, por causa das
mudanças climáticas, está afetando os organismos que vivem lá”.
http://www.band.com.br/noticias/ciencia/noticia/?id=100000488268
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