Fenômeno é o mais forte em seis anos e pode danificar satélites e sistemas de navegação
Uma enorme tempestade solar está atingindo a Terra esta semana e terá
seu auge nesta quarta-feira (25), disseram cientistas da Administração
Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA) dos Estados Unidos, nesta
segunda-feira (23).
A tempestade de radiação e partículas
carregadas vindas do Sol foi gerada depois que a gigantesca mancha solar
1402 expeliu uma rajada de material solar no domingo às 14h (horário de
Brasília), segundo observou o Centro de Previsões de Clima Espacial, no
Colorado.
A radiação começou a chegar à Terra uma hora
depois da violenta explosão e continuará até quarta-feira, quando
ganhará força, podendo danificar satélites, redes elétricas e sistemas
de navegação como o GPS.
De acordo com a NOAA, está é a
tempestade solar mais forte desde maio de 2005, e como medida de
precaução, os voos em rotas polares deverão sofrer alterações nas
próximas horas porque a comunicação fica sujeita a falhas nesses pontos.
A
explosão do Sol foi avaliada como uma labareda de classe M9, o que a
coloca muito próxima do nível mais poderoso de tempestades solares,
classificadas em três níveis: classe C, as mais fracas, M, moderadas, e
X, as mais fortes.
Além das partículas e da energia lançada
ao espaço quando ocorrem as explosões solares, há uma emanação
praticamente contínua de partículas atômicas, principalmente prótons e
elétrons, pelo Sol. Estas partículas constituem o chamado vento solar e
são os principais responsáveis pelos problemas que podem vir a
acontecer.
Embora seja impossível medir com precisão quando
uma tempestade solar irá ocorrer, o fenômeno é esperado devido ao atual
ciclo de atividade do Sol, que está próximo de atingir o seu pico,
previsto para 2013.
O Sol tem ciclos de atividade de 11
anos de duração, com períodos mais intensos e outros de calmaria. O
último pico solar ocorreu em 2001. O tipo de erupção observado este fim
de semana indica que o astro está “acordando” e se preparando para mais
uma máxima solar.
Em 1989, uma tempestade solar causou a
queda na rede elétrica de Québec, no Canadá. A NOAA, no entanto, não
espera que as erupções atuais sejam tão fortes ao ponto de causarem
efeito similar. A consequência mais comum é a intensificação dos
fenômenos conhecidos como auroras boreais.
Fonte: space
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