Obras que compõem o sistema de proteção da ponte, orçadas em R$ 67 milhões, só serão concluídas no próximo mês
Atrasada
há um mês e 20 dias, a conclusão dos serviços e instalação do sistema
de proteção dos pilares da ponte Rio Negro teve o prazo de entrega
esticado para o final de março. Orçadas hoje em R$ 67 milhões, as obras
foram contratadas pela Secretaria da Região Metropolitana de Manaus
(SRMM), órgão ligado ao Governo do Estado do Amazonas.
Inaugurada
no dia 24 de outubro de 2011 pelo governador Omar Aziz (PSD), ao custo
de R$ 1,09 bilhão, a única proteção que a ponte Rio Negro tem hoje são
as restrições à navegação estabelecidas pela Capitania dos Portos.
A
empresa responsável por executar e implantar o sistema de proteção da
ponte é a Erin Estaleiros Rio Negro. Até ontem, segundo informações do
Sistema Integrado de Controle e Gestão de Obras Públicas (Sicop) -
acessado em http://sicop.am.gov.br/sicop/ -, o valor das medições dos
serviços era de R$ 53 milhões, o que equivale a 79,15% da obra
executados.
O contrato entre a SRMM e
o estaleiro Erin começou a valer no dia 11 de março de 2011. O prazo
inicial para concluir os serviços foi de 240 dias (oito meses). Mais
tarde, o prazo foi esticado em mais 140 dias (quatro meses e meio). Com o
aditivo de dias, a obra que seria realizada em oito meses só deverá
ficar pronta um ano depois. De acordo com o diretor da Erin Estaleiros
Rio Negro, Carlos Custódio, o primeiro prazo para concluir os serviços
foi curto, porque a empresa teve que adquirir equipamentos fora do
Brasil e o projeto inicial do sistema de segurança sofreu alterações.
“Tivemos
que adquirir equipamentos da Espanha e China, e o transporte até Manaus
demora”, justificou o diretor. Segundo Carlos Custódio, a empresa
adquiriu guinchos que servirão para posicionar as defensas (balsas) nos
pilares da ponte na Espanha. A Erin também comprou correntes e amarras
na China.
O período do contrato entre
o estaleiro e a SRMM encerra no dia 25 de março. O diretor do estaleiro
Erin e assessoria de imprensa da SRMM informaram, ontem, que os
equipamentos (poitas) que serviram para ancorar as defensas já
posicionadas na água. Na semana passada, uma, das doze defensas, foi
lançada na água. “Outra defensa vamos lançar sábado (4)”, disse Carlos
Custódio.
De acordo com o diretor, ao
longo da semana também estão sendo instalados os guinchos que vão
posicionar as defensas. Após a instalação, os equipamentos serão
testados por técnicos vindo da Espanha. Até a conclusão do sistema de
proteção dos pilares da ponte, as restrições de navegação na área
continuam valendo.
Atualmente, os
navios com peso bruto acima de duas mil toneladas só podem navegar por
baixo da ponte com autorização da Capitania dos Portos, utilizando o
canal principal durante o dia, em boas condições climáticas e de
navegabilidade e com o auxílio de rebocadores.
Atrasos se repetem em outras obras
A
Erin Estaleiros Rio Negro é uma das três empresas contratadas pelo
Governo do Amazonas para construir 15 portos no interior do Estado.
Orçados em R$ 261,6 milhões (97% de recursos federais), os terminais
hidroviários começaram a ser construídos em março de 2010.
Deveriam
ter sido concluídos em 365 dias. O que não aconteceu, passados um ano e
dez meses. As outras empresas que trabalham na construção dos portos
são as construtoras Sanches Tripoloni e Etam.
Em
consórcio com a Sanches Tripoloni, o Erin é responsável pela execução
de nove terminais hidroviários. A Etam pelos outros seis. Na semana
passada, o governador Omar Aziz (PSD) apresentou à imprensa nove balsas
construídas pela Erin. As estruturas fazem parte dos portos de
Barreirinha, Beruri, Boa Vista do Ramos, Canutama, Careiro da Várzea,
Codajás, Iranduba (Solimões), Itapiranga e Tapauá. Mas ainda estão em
Manaus, sem previsão de serem transportadas para os municípios. No dia
22 de janeiro, A CRÍTICA mostrou que o Governo Estadual está com obras
de portos atrasadas em até três anos e meio.
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