sábado, 16 de junho de 2012

Você é (e será) o que você come

Absolutamente tudo que você consome influencia sua saúde e aparência. Se a alimentação não anda lá muito equilibrada, vale repensar agora o cardápio diário.
 Dos 100 trilhões de células que formam nosso corpo, 50 milhões se renovam diariamente e cada uma delas exige suprimento constante para funcionar com perfeição. A alimentação é peça-chave nessa engrenagem. Se nutridas corretamente, as células mantêm o corpo a todo vapor. “No entanto, ingerir em excesso açúcar, gordura e produtos ricos em corantes e conservantes leva ao acúmulo de toxinas, o que prejudica o organismo e causa doenças como diabetes e obesidade”, afirma a nutricionista Lara Natacci, de São Paulo.
Controle necessário
O sal é um bom exemplo disso: abusar dele no jantar é suficiente para nos fazer acordar no dia seguinte inchadas. “A médio prazo, esse mau hábito causa hipertensão e favorece a eliminação de cálcio pela urina – o que, mais tarde, pode resultar em cálculo renal”, diz a nutricionista Flávia Bulgarelli, de São Paulo. Mas a solução não é cortar o tempero da sua vida. Afinal, sal contém cloro, iodo e sódio, que evitam o acúmulo de gordura e melhoram a digestão, além de auxiliar as células a absorver os nutrientes e equilibrar os níveis de fluidos corporais. “Limite o consumo de sal a 6 gramas por dia. Na prática, use 1 colher (chá) rasa no preparo da comida e verifique no rótulo dos pratos prontos se o produto traz, no máximo, 80 miligramas de sal a cada 100 gramas do alimento.”

Para nossa sorte, não é preciso transformar o prazer de comer em tortura para se nutrir bem. Em geral, basta consumir diariamente o seguinte: de três a quatro porções de frutas e vegetais; uma de leguminosas; até duas de proteínas magras; quatro ou cinco de carboidratos (de preferência na versão integral); e no máximo uma de gordura saudável. “Cada porção equivale ao tamanho de uma mão fechada – ou aberta se o alimento for volumoso”, esclarece Lara Natacci. Nas refeições, varie os alimentos para que o prato fique o mais colorido possível e você garanta a ingestão de mais vitaminas e minerais. Só para ter uma ideia, os alimentos vermelhos, amarelos e laranjas são ricos em vitamina A e do complexo B; os verdes, em C e E; os brancos, em D; e os roxos, em K. Evite dietas restritivas, que alteram o metabolismo, fazendo o corpo diminuir o gasto energético para se adaptar à menor oferta de comida. Além disso, quem só se preocupa em contar calorias pode acabar comendo mal e colocando a saúde em risco. “A pessoa até vê o corpo mais magro no espelho, mas nota que o cabelo e a pele estão sem viço. Gripes e outras doenças também se tornam constantes”, completa Ruth Clapauch, vicepresidente do Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), no Rio de Janeiro.
Lição de casa
Para tirar a prova de que está no caminho certo, faça um diário alimentar: anote tudo o que comeu, o que estava fazendo naquele momento e o que sentiu. Mas tudo mesmo, inclusive a mordida no sanduíche da amiga ou a colherada na papinha do filho. “Assim você identifica os erros, define objetivos e aprende a fazer boas escolhas. E isso é essencial, já que grande parte do consumo de alimentos não saudáveis é uma reação descuidada e pouco tem a ver com a fome”, diz a nutricionista Gillian McKeith, autora de A Dieta Definitiva – Você É o Que Você Come (Ed. Alegro). Depois de uma semana, leia o diário e faça os ajustes para esbanjar saúde, energia e beleza em todas as fases da vida.

 http://claudia.abril.com.br/materia/voce-e-sera-o-que-voce-come-3919?p=%2Fsaude%2Fcorpo&pw=2

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