quinta-feira, 19 de abril de 2012

Conheca as Kasinski CRZ 150 SM e Mirage 150 e escolha qual é o seu estilo


Tudo bem. Vendo essas motos tão diferentes você deve estar pensando que é um absurdo dizer que ambas possuem desígnio semelhantes.


 Mas acredite. Embora cada uma apele para um estilo diferente (a CRZ 150 SM com o estilo supermotard e a Mirage 150 para o estilo custom), elas possuem cilindrada e desempenho praticamente idênticos e foram projetadas para o uso urbano.
Posso adivinhar de novo? Agora você deve estar se perguntando qual das duas é a melhor, já que elas brigam pelo mesmo território, certo? Pois saiba que o correto seria perguntar qual das motos é a melhor para você. Isso porque as diferenças não se limitam ao estilo e cada uma delas é capaz de agradar motociclistas com perfis diferentes.
A primeira diferença entre os dois modelos está no apelo estético. A CRZ 150 SM oferece soluções comuns e motos de competição, como o quadro de sessões retangulares, tanque de plástico, suspensão dianteira invertida, pedaleiras de alumínio, grandes discos de freio e o manete do freio com regulagem (item comum em motos de cilindrada elevada). As cores, que misturam preto, branco e a cor predominante (neste caso o vermelho, mas também disponível na cor azul) completam o visual esportivo desta Supermotard.
Customização de série é a proposta da Mirage 150. A receita custom se aproxima das americanas Harley-Davidson, com paralamas envolventes, rodas de liga leve com raios finos e superfícies cromadas. Mas alguns detalhes são pouco encontrados em motos de série desta categoria, como o sissy-bar (apoio lombar para o garupa) com suporte para bagageiro e os rebites cromados no couro do banco que dão a pequena Mirage um quê de personalização.
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A escolha é de quem?
Entre o estilo custom e o supermotard há um universo de diferença. Enquanto a Mirage 150 apela para o conforto à bordo e sugere uma pilotagem sossegada, mantendo os braços do piloto completamente relaxados e as pernas pouco flexionadas, a CRZ 150 SM caminha na contramão e mantém o piloto numa posição ereta, e menos relaxada.
Nos bancos há uma nítida separação entre conforto e esportividade. O assento da Mirage 150 é largo e dispõe de uma espuma espessa e de formato abaulado. Essas características também a tornam mais confortável do que a CRZ 150 SM que, além de ter o banco esguio, próximo ao das motos de competição que facilita a movimentação do piloto, o banco possui uma fina camada de espuma que provoca certo desconforto.
Se até aqui você ainda não descobriu qual delas é a mais indicada para você, as proprias motos podem te dar uma sugestão. Eu sei, eu sei... Motos não falam. Mas, as dimensões de cada uma proferem por um perfil de piloto. É como se a moto escolhesse o piloto e não o contrário. A Mirage 150, por exemplo, não gosta muito dos pilotos gradalhões, portanto, se você possui mais de 1,85 metros de altura poderá encontrar dificuldade na aproximação do manete com os joelhos ao esterçar totalmente o guidão.
Agora, se você é daqueles pilotos que já foi chamado de alpinista de bonsai ou pintor de rodapé (é brincadeira viu?) também encontrará dificuldades para pilotar a CRZ 150 SM que possui 815 mm de altura do banco, 105 mm a mais que a Mirage 150. Embora as dificuldades ligadas a ergonomia sejam reais, a estatura do piloto não o impede pilotar qualquer uma delas.
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Seco ou molhado
Agora que já conhece um pouco mais das motos vamos falar do coração delas, o motor. Temos aqui duas motos equipadas com motor de 150 cc com um cilindro, duas válvulas e alimentação por carburador. Tudo muito parecido, inclusive no desempenho, com 13,4 cv de potência a 8.000 rpm e 1,38 kgf.m de torque a 6.000 rpm para a Mirage 150 e 13,5 cv de potência a 8.000 rpm e 1,45 kgf.m de torque a 7.500 rpm.
Contudo, há uma grande diferença entre os motores que está relacionada à complexidade do sistema de arrefecimento. Como na maioria das motos de baixa cilindrada, a Mirage 150 possui o simples sistema de refrigeração por ar, que precisa apenas do vento para refrigerar o motor através das aletas do cilindro. Diferente da CRZ 150, que possui refrigeração líquida e, portanto, necessita de mais componentes para o arrefecer o motor e manter controle de temperatura, como radiador, bomba, termostato, válvula de fluxo e ventoinha.
Por sustentar mais componentes no motor que a Mirage 150, o visual da CRZ 150 cresce pelos radiadores protegidos pelos apêndices do tanque e os tubos que ligam os radiadores ao motor. Mas mesmo utilizando um pequeno tanque de plástico e peças de alumínio para reduzir peso, a Kasinski CRZ 150 pesa 127 kg, dois a mais que a Mirage 150.
Na pratica, as diferenças técnicas pouca diferença fizeram. A aceleração foi igual nas duas, levando 8,2 segundos para atingir 60 km/hora, assim como a velocidade máxima aferida com auxilio de um aparelho GPS com 104 km/h atingidos pela supermotard e 102 km/h alcançados pela custom.
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Em casa
É no ambiente urbano, de preferência no congestionado transito das grandes cidades, que essas duas Kasinski se sentem em casa e mostram suas diferenças mais relevantes entre qualidades e limitações. Rodar entre os carros com a Mirage 150 exige maior atenção pela posição distante dos espelhos retrovisores que atrapalham ao passar em trechos apertados, mas a ciclística leve proporciona uma condução fácil e pouco cansativa. A CRZ 150 SM também tem suas manhas, como o limitado esterçamento do guidão que dificulta as manobras em baixa velocidade e a resposta dom motor melhor em rotações elevadas
Boa surpresa foi a maciez das suspensões da Mirage 150 ao encarar nosso asfalto de péssima qualidade, situação onde a CRZ 150 SM não se comportou como o esperado, sobretudo pela rigidez demasiada na suspensão dianteira que diminuiu o conforto já reduzido devido a fina camada de espuma do banco.
Para o piloto que se amarra em curvas não há o que reclamar. A CRZ 150 SM corresponde o apelo esportivo ao demonstrar agilidade nas trocas de direção e fácil controle de inclinação da moto. Mas novamente a surpresa foi com a Mirage 150 pela leveza do conjunto durante a pilotagem, além de não ter as pedaleiras lapidadas no asfalto precocemente, como acontece com as motos custom.
Parecidas no motor e diferentes no estilo. Se você ainda não sabe qual das duas mais te agrada, descubra agora que sua decisão poderá ser feita pelo bolso. Isso porque a Mirage 150, disponível nas cores azul, preta e Bordeaux custa R$ 5.390, quase R$ 2.000 mais barata que a CRZ 150 SM que, por utilizar sistemas mais complexos de motor e suspensões, sai por R$ 7.290 e pode ser encontrada nas cores azul e vermelha. E aí? Vai de custom ou de supermotard?
 http://www.duasrodasonline.com.br/teste/testeDetalhes.aspx?id=889

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