O
bicampeão Casey Stoner e a Honda HRC foram os mais rápidos na segunda
bateria de treinos livres da MotoGP em 2012, disputados novamente em
Sepang, na Malásia,
entre os dias 28 de fevereiro e 1º de março. A
equipe oficial de fábrica, formada pelo australiano e pelo espanhol Dani
Pedrosa, completou os dois dias em que participou dos testes com uma
dobradinha liderada por Stoner. O australiano também fez o melhor tempo
da semana: 2min00s473, nesta quinta-feira (1º).
A
Yamaha, por sua vez, se consolidou como segunda força, colocando o
espanhol Jorge Lorenzo e o americano Ben Spies, além do satélite Andrea
Dovizioso, logo atrás da Honda. A quarta-feira (29) teve Spies como mais
rápido, à frente de Lorenzo, na sessão em que a HRC esteve ausente por
conta de um problema no motor de Pedrosa no dia anterior. Já a Ducati
ficou sempre atrás de Honda e Yamaha, demonstrando pouca diferença em
relação ao fraco desempenho do ano passado.
1º dia
O
primeiro dia de testes foi curto por conta da chuva que caiu após o
almoço e atrapalhou o desenvolvimento das equipes nas novas motos 1.000
cc. Os tempos não foram os melhores por conta da sujeira que prejudicava
a aderência; Stoner fez a melhor marca (2min00s761) seguido por Pedrosa
(2min02s005) e por Lorenzo (2min02s436).
O
australiano testou novos discos de freio, encurtou o entre-eixos e fez
alterações para melhorar a tração nas saídas de curva, enquanto Pedrosa
trabalhou em mudanças no quadro e posição de pilotagem, mas uma luz
vermelha no painel indicando problemas no motor colocou os testes em
alerta e um engenheiro teve de ser trazido do Japão às pressas para uma
análise detalhada.
Lorenzo
testou um novo mapa de entrega de potência de sua Yamaha, mas a
aderência prejudicada da pista impediu que as mudanças pudessem ser
avaliadas. Spies testou as mesmas alterações de Lorenzo e encerrou o dia
de testes com o 4º melhor tempo (2min02s819). O espanhol Álvaro
Bautista, da San Carlo Honda Gresini, foi o melhor das equipes satélite
ao terminar em 5º (2min02s959).
O
italiano Valentino Rossi lamentou ter iniciado os testes cedo, o que
prejudicou a avaliação da GP12 justamente por causa da pista suja. Ele
ficou em 8º (2mins03s245), atrás de seu companheiro de equipe Nicky
Hayden (2min03s132) e de Cal Crutchlow (2min03s213), da Monster Yamaha
Tech 3 - 6º e 7º colocados, respectivamente. “Começamos muito cedo hoje.
Teria sido melhor começar às 11h como os outros porque o piso estava
muito sujo. Decidimos poupar pneus para a tarde, mas começou a chover
depois do almoço e não obtivemos resultados com o novo software
disponível. O lado positivo foi perceber as reações da moto na chuva com
a nova GP12”, explicou Rossi.
2º dia
O
segundo dia de testes também teve a presença da chuva, e os pilotos da
equipe oficial Honda, que esperavam pelo engenheiro do Japão, decidiram
não entrar na pista. Assim, a Yamaha liderou os treinos do dia com Ben
Spies (2min01s285) na frente seguido de perto por Lorenzo (2min01s293).
Os dois melhoraram os tempos do dia anterior nos momentos em que a pista
esteve quase seca. Andrea Dovizioso (2min01s522) e Cal Crutchlow
(2min01s695), ambos da Monster Yamaha Tech 3, ficaram com o 3º e 4º
tempos. “Hoje foi o primeiro dia que consegui rodar bastante numa
posição confortável e estar a 2 décimos da Yamaha oficial não é nada
mal. Testei o novo acerto do motor e o resultado foi positivo”, comentou
Dovizioso.
Ben Spies (Yamaha) fez o melhor tempo no 2º dia de testes na Malásia
A
Ducati apareceu em 5º, com Nicky Hayden (2min01s748), que aproveitou o
tempo para continuar desenvolvendo sua GP12. Héctor Barberá, da Pramac,
foi 6º (2min01s989) e Valentino Rossi terminou em 7º (2min02s130); todos
melhoraram suas marcas em relação ao dia anterior. A chuva mais forte
mandou todos os pilotos para os boxes, exceto Barberá, que se aventurou
na pista molhada e caiu após uma aquaplanagem, saindo ileso.
3º dia
O
bom tempo finalmente se fez presente no último dia de testes em Sepang e
as equipes começaram o trabalho cedo para compensar o tempo perdido.
Stoner melhorou a marca com sua RC213v, fazendo 2min00s473, e centrou
seu trabalho no consumo de combustível. “Testamos coisas diferentes na
eletrônica para adequar o motor ao estilo de pilotagem e também tentamos
reduzir a distância entre eixos para minimizar as vibrações. Tivemos
algum sucesso, mas de momento não conseguimos eliminar o problema. Ainda
temos muito a fazer.”
Com
a pista mais rápida, Lorenzo ficou 4 décimos atrás de Stoner, mas se
mostrou contente com as melhorias na eletrônica da moto. À tarde, os
resultados foram diferentes, com Pedrosa assumindo o 2º melhor tempo
(2min00s648) seguido por Dovizioso (2min00s802) e Lorenzo (2min00s877),
que aproveitou os momentos finais para simular uma corrida e analisar o
desgaste de pneus. O 5º tempo ficou para Cal Crutchlow (2min00s986),
seguido por Barberá (2min01s231).
Bautista
se recuperou de uma queda sofrida pela manhã e registrou o 7º melhor
tempo (2min01s275). Ben Spies também sofreu uma queda no último dia de
testes e caiu para a 8º posição (2min01s432), próximo do estreante
Stefan Bradl, campeão da Moto2 em 2011, 9º colocado (2min01s492) com sua
LCR Honda.
A
Ducati, mesmo com os avanços de quadro e eletrônica, terminou o dia bem
atrás, com Rossi em 10º (2min01s550), ainda trabalhando a posição de
pilotagem e afinação da moto, à frente de Hayden. O maior progresso da
GP12 foi o acerto do controle de tração, segundo a equipe.
http://www.duasrodasonline.com.br/noticias/noticiasDetalhe.aspx?id=1085
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