sábado, 19 de maio de 2012

Nas Margens Plácidas do Ipiranga

Modern Warfare 2 | Activision |  PC, Xbox 360, PS3



O Brasil ainda não é, infelizmente, uma grande potência nos games. No entanto, isso não impede que alguns estúdios, buscando um ambiente mais exótico para seus games, acabem aportando por aqui para dar um ar mais tropical para seus pixels. Muitas vezes, o retrato é genérico e talvez até meio ofensivo, mas é sempre divertido tentar localizar características verdadeiramente brasileiras nos games. Nem sempre o que convence um gringo vai convencer quem mora na cidade mostrada no jogo, mas o que vale é a intenção.



 A Infinity Ward mostrou que a guerra começou a ficar global em “Modern Warfare 2”, com uma fase que subia uma favela no Rio de Janeiro, abarrotada de traficantes que trabalhavam para a rede internacional de terrorismo do game e... mas espera aí. Os gringos podem ter se preocupado com isso, mas admite: você subiu o morro esquecendo que era Soap MacTavish e encarnou, nem que seja por uma fase, o Capitão Nascimento de “Tropa de Elite”. Missão dada é missão cumprida, parceiro.



 A Rockstar assumiu as rédeas de “Max Payne” e transferiu a ação, dos becos gelados de Nova York para o calor úmido de São Paulo, nos clubes coloridos e nas favelas paupérrimas. A história ainda é noir e o clima é bastante autêntico: a Rockstar enviou equipes para o Brasil para fotografar e filmar os cenários, buscando o máximo possível de autenticidade.



 O mod “Counter Strike” é provavelmente o mais popular do mundo e ajudou o FPS a dominar o multiplayer online no fim dos anos 90. Um mapa mostrando uma favela no Rio se tornou extremamente popular, com uma geografia verticalizada e diversos becos para que os jogadores se escondessem e se enfrentassem. Claro, gerou polêmica, mas quem liga, a essa altura do campeonato?



 “Shadowrun” mostra uma coorporação multinacional chamada RNA Global invadindo Santos, no litoral paulista, para investigar os poderes místicos de um templo colocado em uma montanha perto da cidade, com a finalidade de controlar poderes mágicos, que chegam de forma cíclica à Terra. Um grupo de resistência, chamado The Lineage se forma e enfrenta os invasores, defendendo o templo. É insano e o game não é dos melhores, mas é baseado em um famoso RPG de mesa, de mesmo nome.


  Voar pelos céus do Rio de Janeiro é um privilégio para alguns poucos milionários ou para quem quer investir uma boa grana em um daqueles passeios turísticos de helicóptero. Em “H.A.W.X.”, da Ubisoft, o jogador não apenas voa pela cidade, com direito a vistas privilegiadas do Cristo Redentor, mas também atira mísseis em aeronaves inimigas. Isso daria um cartão postal sensacional para a cidade.


 Dos rincões mais profundos da selva amazônica, vem o lutador brasileiro de “Street Fighter”. Um índio Tupinambá? Não. Um praticante de capoeira baiano perdido na mata? Nada disso. Um soldado brasileiro treinado na guerrilha selvagem? Passou longe. Blanka, um monstro verde que pode ou não ser ofensivo ao nosso povo, enfrenta guerreiros de todo o mundo em frente a uma cidade ribeirinha bem simples. Não é a ostentação mais exuberante do nosso país, mas é bem verde. Incluindo o personagem.


  Não tem jeito para os gringos, no campo do futebol moleque, cheio de truques e firulas, o Brasil é rei. Por isso mesmo, a série “Fifa Street” sempre coloca uma arena localizada por aqui, geralmente em uma comunidade, o grande celeiro de craques da nação. Geralmente é uma visão até realista de como funciona um campinho humilde no morro: simples e até meio acabado, mas cheio de talento nas quatro linhas.


  O diretor Carlos Saldanha cresceu como um grande nome das animações em Hollywood e, quando teve a chance, fez um filme homenageando o Rio de Janeiro. Uma adaptação para os games foi inevitável e, para agradar ao público alvo, veio como uma coletânea de minigames, que envolvem cenários paradisíacos, como uma vista aérea da orla de Copacabana, além de uma viagem pelos bondinhos de Santa Teresa, um dos bairros mais tradicionais e charmosos da cidade.


 O Rio de Janeiro foi lembrado quando o assunto é roubar carros e dirigir de forma insana pelas ruas, fugindo da polícia. Em “Driver 2”, com o limitado poder do PlayStation, a cidade foi renderizada como uma espécie de Miami genérica, com algumas particularidades, como uma reprodução fiel – para a época – do calçadão de Copacabana e o Cristo Redentor.
 http://jogos.br.msn.com/fotos/nas-margens-pl%C3%A1cidas-do-ipiranga#image=10

Nenhum comentário:

Postar um comentário